Aos 70 anos, Caetano Veloso levou milhares de fãs eufóricos à lona do Circo Voador, no Centro do Rio. Um público pra lá de misturado lotou o Circo nos quatro dias de shows, 21, 22, 23 e 24 de março. Mães, filhos, gente pobre, gente rica, preto, branco, amarelo, patricinha e intelectuais: todo mundo parou para ver e ouvir Caetano na nova turnê “Abraçaço”. O disco que dá nome ao show fecha a trilogia com a Banda Cê, formada pelos meninos Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo) e Marcelo Callado (bateria). Com o grupo, Caetano voltou ao rock e lançou os álbuns "Cê", em 2006, "Zii e Zie", em 2009, além de dois álbuns ao vivo em 2007 e 2011.
O cantor privilegiou as canções do disco mais recente e a aposta funcionou. O público já tinha as letras do CD “Abraçaço” na ponta da língua e acompanhou com empolgação as novas composições, como “A bossa nova é foda”, que abriu o show, “Odeio” e “O império da lei”.
Foto: Ana Schlimovich
A escolha por dedicar a maior parte da apresentação aos novos sucessos não impediu que o baiano relembrasse antigos clássicos. As músicas de “Abraçaço” contagiaram bastante, mas o que levou os velhos e novos fãs de Caetano Veloso à loucura foi o repertório bem representado com “Você não entende nada”, “Um índio”, “A luz de Tieta” e “Reconvexo”, que tirou longos aplausos da platéia a cada vez que o cantor repetia o verso "Quem não rezou a novena de Dona Canô", em homenagem à sua mãe, que morreu em dezembro de 2012.
Enquanto Caetano Veloso não volta ao Rio para mais uma apresentação da turnê, resta aos fãs ouvir e curtir as novas canções pelo CD. Quem ainda não conferiu o novo “Abraçaço”, é só dar uma olhada aqui embaixo e aumentar o som.
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